23/07/2010

DAS DOR DAS ANDANÇA DA VIDA.

Quando nóis era minina, lá pras banda das Gerais, ca em Congonha do campo,cá da minha casa, avistava a linha do trem.
Ele passava cás quele monte de vagão,que trimia inté o chão.E nóis, tudo minino piqueno, ficava na beira da linha,bananu as mãos pros maquinista, pidinu qui levasse nóis prum passeio.
Oh marvadeza daquês moço, de boné na cabeça, qui nem siqué, parava pra dá nóis carona naquelas mánica grande,que duía os zovido da gente.
Mas era bão dimais....oh sardade danada, daqueles tempo.
Meu pai trabaiava na Central do Brasil, e nóis toda tarde, levava café prele lá na estação.
Ele sentado, na mesa, inguar um chefe! Que orguio do meu pai.
As véiz, o trem tava parado, pra bardiá os passagêro,e intão, nóis passava dibaixo dele, pra modi chegá mais rápido lá donde meu pai tava.
E era uma quantidade de gente danada.: véio, moça da cidade, homi bunito, criança, inté os pobrizim que pindurava nas escadinha que tinha nos vagão, modi num pagá passagem. E todo mundo apiáva lá.
Eu adorava vê aquela contidade de gente. Era tudo novidade.
O tempo foi passanu, meu pai se aponsetó, os trem diminuirio, o pogresso chegô, E a estação, virou restaurante.
Num apéia mais ninguém lá. Só asvéiz passa um trem da tar da Vale do rio doce, careganu minério, que eles tira cá da serra.
Pobre serra, que também um dia vai se acabá.
Cabô os trem, vai acabá a serra.
cabô a minha infancia....
Bão tê lembrança....ao menos isso o pogresso num tira, cadiquê o que vai no coração num tem carregadêra que tire.
Abenção meu pai, onde inté ocê tege.......

ZALUZELO (TEATRO MÁGICO)



Ah eu tenho fé em Deus... né?

Tudo que eu peço ele me ouci... né?

Ai quando eu to com algum pobrema eu digo:

Meu Deus! me ajuda que eu to com esse problema!

Ai eu peço muito a Deus... ai eu fecho meus olhos... né?

eu Deus me ouci na hora que eu peço pra ele, né?

Eu desejo ir embora um dia pra Recife

não vou porque tenho medo de avião, de torro...de torroristo

ai eu tenho medo né?

Corra tudo bem... se Deus quiser... se deus quiser..."


Pigilógico, tauba, cera lítica, sucritcho,
graxite, vrido, zaluzejo
"eu sou uma pessoa muito divertida"
Pigilógico, tauba, cera lítica, sucritcho,
graxite, vrido, zaluzejo
"não sei falar direito"
Pigilógico, tauba, cera lítica, sucritcho,
graxite, vrido, zaluzejo
"não sei falar"
Tomar banho depois que passar roupa mata
Olhar no espelho depois que almoça entorta a boca
E o rádio diz que vai cair avião do céu
Senhora descasada namorando firme pra poder casar de véu
Pigilógico, tauba, cera lítica, sucritcho,
graxite, vrido, zaluzejo
"não sei falar"
Quando for fazer compras no Gadefour:
Omovedor ajactu, sucritcho, leite dilatado, leite intregal,
Pra chegar na bioténica, rua de parelepídico
Pra ligar da doroviária, telefone cedular
Pigilógico, tauba, cera lítica, sucritcho,
graxite, vrido, zaluzejo
"não sei falar"
Quando fizer calor e quiser ir pra praia de Cararatatuba,
cuidado com o carejangrejo
Tem que ta esbeldi, não pode comer pitz, pra tirar mal hálito
toma água do chuveiro
No salão de noite, tem coisa que não sei
Mulé com mulé é lésba e homi com homi é gay
Mas dizem que quem beija os dois é bixcional...
só não pode falar nada,
quando é baile de carnaval
Pra não ficar prenha e ficar passando mal, copo d'água
e pílula de ontemproccional
Homem gosta de mulher que tem fogo o dia inteiro,
cheiro no cangote, creme rinsa no cabelo
Pra segurar namorado morrendo de amor
escreve o nome num pepino e guarda no refrigelador,
na novela das otcho, Torre de papel,
Menina que não é virge, eu vejo casar de véu
Se você se assustar e tiver chilique,cuidado pra não morrer
de palaladi cadique
Tenho medo da geladeira, onde a gente guarda yogute,
porque no frio da tomada se cair água pode dá cicrutche
To comprando um apartamento e o negócio ta quase no fim
O que na verdade preocupa é o preço do condostim
O sinico lá do prédio, certa vez outro dia me disse:
Que o mundo vai se acaba no ano 2000 é o que diz o acalipse
Tenho medo de tudo que vejo e aparece na televisão
Os preju do Carajundu fugiram em buraco cavado no chão
Torrorista, assassino e bandido, gente que já trouxe muita dor
O que na verdade preocupa é a fuga do seucrostador
Seucrosta quem não tem dinheiro, quem não tem emprego
e não tem condução
Documento eu levo na proxeca porque é perigoso carregar na mão
Mas quando alguém te disser ta errado ou errada
Que não vai S na cebola e não vai S em feliz
Que o X pode ter som de Z e o CH pode ter som de X
Acredito que errado é aquele que fala correto e não vive o que diz
"E eu sou uma pessoa muito divertida...
eles não inventavam nada... eu gostava de inventar as coisa
não sei falar direito...
inventar uma piada, inventar uma palavra, inventa uma brincadeira...
não sei falar
me da um golinho... me da um golinho..."
E com muito prazer que eu convido agora todos aqueles
que estão ouvindo esta canção
Para entoar em uníssono o cântico: Omovedor, Carejangrejo
Vamos aquecer a nossa voz cantando assim:
Iô,iô,iô. Iô,iô,iô,iô, eu digo:
Omovedor, Carejangrejo, Omovedor, carejangrejo... Omovedor!
"omovedor... carejangrejo... só isso que eu tenho pra falar falar!"



05/07/2010

OCÊ MI OIÒ SÔ

Lá na roça, em MG, um menino e uma menina foram criados juntos, desde que eram bem miudin...
O tempo foi passano, passano, eles foi creceno, creceno.
Aí se casaro.
No dia do casório, sacumé, povo da roça não viaja na lua de mér, já vai direto pra casinha de pau a pique.
Chegano lá na casinha, o Zé, muito tímido, vira para Maria e fala:
- Ó Maria, nois vai tirano a rôpa, mais ocê num mi óia, nem ieu ti óio, vamu ficar dis costa.
Maria responde:
- Tá bão Zé. Intaum eu num ti óio e ocê num mi óia, cumbinado.
Nisso Maria abre a malinha de papelão novinha que ganhou do pai, tira a camisola que ganhou da mãe.
Maria tira a roupa. Ao vestir a camisola notou que a mãe tinha lavado, ponhou no sór pra módi quará e ficá bem branquinha..
Tava um capricho só a camisola.
Só que a véia pra mode branquiá a camisola, lavô dimais qui incurtô a dita prá mais di parmo e usou goma demais prá passar a camisola, deixando muito engomada.
Maria então diz:
- Meu Deusducéu, cuma é qui eu vô drumi com um trem duro e piquininim desse?
Aí o Zé fala:
- Ah Maria! Assim num vale! Ocê mi oiô SÔ, né?..........


Colaboração do cumpadi Vicente.

Assunto: Mineirice..

 
Ô, Zé!  Vâmu brincá di antônimo?
- O que c'ocê falô???

- Brincá di antônimo, sô! Qué dizê, uma coisa contrária da ôtra! Purixempro: arto e baxo, forte e fraco...
- Ah, intindi! Intão, vâmu brincá!
-  qué qui vai  valê?
- Uma cerveja... Eu cumeço, tá?
Começaram a brincadeira:
- Gordo?
- Magro!
- Hômi?
- Muié!
- Preto?
- Branco!
- Verde?
- Verde? Nada disso! Verde é cor, num tem antônimo, não!
- Craro que tem!
- Intão ixprica, sô!
- Maduro!
- Ai, caráio! Pirdi a aposta! Vâmu di novo, valenu ôtra cerveja? Ma
dessa veiz ieu cuméçu!
- Pódi cumeçá!
- Saúde?
- Duença!
- Moiádo?
- Seco!
- Agora ocê vai sifudê, sô fidiumaégua! Qué vê só?
- Fumo?
- Não, não! Peraí, peraí... fumo num tem antônimo!!!
- Craro qui tem, uai!
-  Intão, diz aí, qualé o antônimo de fumo?
- Vortemo!
Colaboração do meu cumapadi Vicente