18/06/2010

Salmo do minêro!

O sinhô é meu pastô e nada há de me fartá

Ele me faiz caminhá pelos verde capinzá
Ele tamém me leva pros corgos d’água carma
Inda que eu tenha qui andá
nos buraco assombrado
lá pelas encruzinhada do capeta
não careço tê medo di nadaa-modo-de-quê
Ele é mais forte que o “coisa-ruim”
Ele sempre nos aprepara uma boa bóia
na frente di tudo quanto é maracutaia
E é assim que um dia
quando a gente tivé mais-pra-lá-do-qui-pra-cá
nóis vai morá no rancho do sinhô
pra inté nunca mais se acabá...

Colaboração de Vicente
(comunidade orkut Êns Pên que o ôns é dês)

14/06/2010

Minêro conjugano verbu.

Nois conjuga verbu iguarzinho a todo mundo. prestenção procêis vê..



eu to aqui
tutaí
etalá
nois tamaqui
vois taqui
êstao lá

Eu laia
Tu laia
Ele laia
Nois laia
Vois laia
Es laia
eu to aqui
tutaí
etalá
nois tamaqui
vois taqui
êstao lá

OvÔ
Tuvai
Eivai
Nóivamu
Voizvão
Eisvão
eu arredo

osê arreda

êle, éla arreda

nós arreda

osês arreda

êles, élas, ês arreda 

(comunidade orkut  êns pêns cu ôsn é dês)

07/06/2010

sodade poema matuto


Dessa palavra, sodade,


num existe tradução.

É uma dô qui quando ataca,

nuis faiz sofrê de muntão.

É dô qui quando se sente,

mexe cum tudo da gente,

lá dento do coração.



Sodade num tem plurá;

purisso véve sòzinha.

Martratando munta gente,

do seiviçá à rainha.

Machucando c'a lembrança,

ais vêiz matando a isperança,

de quem prá ela, caminha.



Faiz o valente chorá,

faiz o forte isfraquicê,

faiz a gente se lascá,

sem drumí e sem cumê.

O cabra fica reiádo,

sofrendo disisperado,

pidindo a Deus prá morrê.



E o hôme, principamente,

acredite se quizé.

Sofre c'a situação,

nisso pode fazê fé.

O cabra sofre à vontade,

se a danada da sodade,

fô do tá "bicho muié"!



O dia fica cumprido,

o cabra acorda chorando.

Passa o dia puros canto,

mocorongo, matutando.

Num consegue nem surrí,

e ais vêiz, quando vai drumí,

vai se deitá saluçando.



Mais inda resta um consolo,

digo na minha poesia.

Antes de incruzá cum ela,

facilmente tu surría.

Pode iscrevê qui é verdade;

adonde ixistí sodade,

arguém foi feliz, um dia.



Prá finalizá, eu digo,

puro mundo, andando a êrmo.

Do fundo do coração,

cum meu peito todo infêrmo.

Sodade; digo surrindo:

É isso qui eu tô sintindo,

de você agora mêrmo!...



Autor: Bob Motta

Do que foi Vivido, e jamais esquecido.

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AH!  porteira, voce aqui nesse pedacinho de chão,cravado nessa imensa cordilheira,ja passou por um monte de coisa!
- Ocê se lembra porteira, quando ainda muleque , subia o morro no meio da escuridão e ficavamos sentados no seu ponto mais alto só pra ver o   sol   nascer, ou vinha no meio da noite com as lanterninhas feitas de latas de Nescau e vela, só pra ver a lua subir lá atrás da Serra do Cipó?
- è porteira! Tenho muitas saudades também dos nossos piquiniques no  meio do pasto,quando levavamos pipocas, doces, biscoitos e vários outras coisas.
- Saudades também, quando pegávamos os cavalos e só ficava a poeira pra trás, a carroça que várias vezes passou por voce carregada de capim ou até mesmo carregada de "moleques"!
-Mas o que mais tenho saudade porteira, está ai  do seu lado. Esta manilha que um dia foi tão grande mas tão grande que servia como carros para brincarmos . As vezes    ficava dois ou tres "moleques" dentro de uma manilha.Lembro também quando colocavamos aquela velha lona por cima das manilhas, quando olhavamos para cima , parecia uma noite com infinitas estrelas!
-É porteira! O tempo não  perdoa! Ele passa e as manilhas ficam pequenas e voce continua aí, velha, sem cor, porém forte. Tão forte que com certeza vai ter tudo aquilo que um dia tivemos, todas as alegrias, os sorrisos, e os olhares com aquela esperança de que a vida é só alegria, e que nada mais neste mundo importa, senão ser feliz e curtir a vida como se cada minuto fosse o último de nossas vidas!
_Obrigada porteira por ter sido tão amiga e companheira. Hoje vemos que voce fez e faz parte de nossas vidas!!!!!
Bruno Molinari
Em 27/05/2002 às 11:34hs