Puxa a cadeira aí, pramodi nóis proziá um cadinho. Inté pensei que ocêis num vinha,conta causo, tocá viola,e oiá as coisa bunita que tem no céu. Tem café lá na cuzinha,cum pedacim de broa de fubá.. mas se priviri,tem cachacinha da boa ,e de tira- gosto,feijão massadim cum farinha de mio. Importante mesmo, é oceis tá aqui...abraçanu as coisa simples,cá das banda de minas,onde só corre na veia,um trem bão de brasilidade.... Fica á vontade, a casa é docéis. Abraço da cumádi sandra.
07/06/2010
sodade poema matuto
Dessa palavra, sodade,
num existe tradução.
É uma dô qui quando ataca,
nuis faiz sofrê de muntão.
É dô qui quando se sente,
mexe cum tudo da gente,
lá dento do coração.
Sodade num tem plurá;
purisso véve sòzinha.
Martratando munta gente,
do seiviçá à rainha.
Machucando c'a lembrança,
ais vêiz matando a isperança,
de quem prá ela, caminha.
Faiz o valente chorá,
faiz o forte isfraquicê,
faiz a gente se lascá,
sem drumí e sem cumê.
O cabra fica reiádo,
sofrendo disisperado,
pidindo a Deus prá morrê.
E o hôme, principamente,
acredite se quizé.
Sofre c'a situação,
nisso pode fazê fé.
O cabra sofre à vontade,
se a danada da sodade,
fô do tá "bicho muié"!
O dia fica cumprido,
o cabra acorda chorando.
Passa o dia puros canto,
mocorongo, matutando.
Num consegue nem surrí,
e ais vêiz, quando vai drumí,
vai se deitá saluçando.
Mais inda resta um consolo,
digo na minha poesia.
Antes de incruzá cum ela,
facilmente tu surría.
Pode iscrevê qui é verdade;
adonde ixistí sodade,
arguém foi feliz, um dia.
Prá finalizá, eu digo,
puro mundo, andando a êrmo.
Do fundo do coração,
cum meu peito todo infêrmo.
Sodade; digo surrindo:
É isso qui eu tô sintindo,
de você agora mêrmo!...
Autor: Bob Motta
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