12/06/2012

A marvadeza da solidão.





Ele apió o tamburete ladifora da varanda.Pertim do pé de cipreste que tem no jardim.

Sentô,cruzo as perna,cendeu um cigarrim...e fico lá; entre a rua e a fumaça do cigarrim.
Num sei mez, o que si passava na cabeça dele.
Era tempo dimais quele ficava ali,sentado,calado,espiano o vazi..
Tinha veiz qui cumprimentava um vizim,ôtra veiz nem iscutava uzotu cumprimentá.
Ele viajava nas lembrança,na sôdade,matutano o certo,xinganu o errado.
Cansêra essa vontade minha de sabê quiquele tava pensanu.
Eu ficava espiano..caladim.
As veis ele oiava pra igreja da Matriz de Nossinhora da Conceição,dispois,virara o pescoço pra oiá a linha do trem.
Dispois de tempão, ele levantava divagarinzim,ia deitá no candele.
Acho quera solidão.
Solidão do cansaço, dos anu tudo de vivênça..do qui feiz e o que num feiz.
Acho quera solidão.



Nenhum comentário:

Postar um comentário