26/05/2010

Minha reza.

Andei aqui, nas banda dos meus pensamento,cozeno as colcha de retaio da minha vida,pitano um cigarrim, pramodi num perdê o custume, entre um caniquim de café e ôtro.
Tava lembrano das coisas da vida, das falta que uns faiz e das reiva qui otros causa na gente.
Iscumunguento esse coração, qui na midida cirtinha fais a gente se aguniá.
Intão pidi Nossinhora um proziamento particulá,custumero na verdade, mas dessa veiz, coisa mais séria.
E ja fui logo falanu prela,que essa vida ansveis é muito ingrata.
Sofre os que num pricisa sofrê,chora os que num pricisa chorá,cansêra pra uns,mardade pra ôtros.
Caudiquê será qui tudo é ansveis tão dificultoso, se o que nois mais precia é o amô.
E num deixei ela falá,fui tocano a boiada na prosa;
priguntei das criança pobrizinha que tão pelejano, lá pras banda da mardade alheia,dushomi sem coração,das muié de mão in riba, pramodi acoitá os coitadim.
Intão falei a Nossinhora bem alto prela ouvi: cadiquê tanta lamúra,cadiquê tanto sofrê.
(parei tiquim pra tiçá fogo no fugão).
Intão eu continuei meus indagamento cá Nossinhora. Ela divia ta cupada, pruquê,nem mi rispundia.
Mas eu tava disaforada e num ia mi´cala. Intaum,fui  continuano e num isquici di perguntá,quis trem isquisito é esse qui anda acontecenu nese mundo,inté mata gente,bicho flô,e os véio como eu...(iscutei um homi falano isso no radio lá da cuzinha).
Oh marvadeza dos infernos, povo sem coração, farta de rezá,de amá,de querê....
farta de ajudá o cumpadi qui ta do lado dinóis, de prozia um tiquim cum duente, o pobrizim,de fazê bolim de chuva pras criança pruveitá,de subi no pé de lima,e dá pra vizinhança ixprimentá.
Diacho de vida .
tanto coração cheio de margura.
E ela lá ....quitinhaaaa no oratório.
Eu só fui percebé mesmo que ela tava mi ovinu , quando as lagrima  começô a rolá. Paricia ela chorano cus meu zóio a mi iscutá.

Cumadi Sandra.

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